segunda-feira, 27 de abril de 2009

Saudade


A Saudade quando aparece dói demais no peito da gente.Sente-se dona da situação. O coração reclama, padece da falta que lhe consome.A gente se esforça mas a dor é persistente.Não há remédio que cure. Só o tempo resolve, e olhe lá!

O coração se sente tão pequenino que se aninha dentro do peito.
É tanto sufoco que chega a atrapalhar nossas ações e emoções. Ficamos apáticos a tudo e a todos

Acabamos aturdidos que não damos o tempo necessário para nos acostumarmos a sentir tanta saudade. Queremos á força que ela se vá.Mera ilusão nossa. Tudo tem seu tempo certo para ir ou ficar.

Há saudades que ficam para sempre.
Resta-nos fechar os olhos e sentir o perfume da essência do ser que se foi.Procurar olhar tudo com os olhos da serenidade, sem sofrimentos e apegos exagerados.

Sinto agora uma imensa saudade do meu tio João que se foi para uma outra vida. Uma vida nova, onde foi recebido pelo Pai e a Mãe do Céu, amigos e familiares.

Abraçar o seu canto, tioJoão, é conversar com você no momento que eu precisar ouvir sua voz

Murmurar em seu ouvido palavras de carinho é estar em sintonia com seu espírito belo que suavemente tocará meu coração

Meu tio, meu músico,meu anjo
. Sinto sua luz a brilhar junto ao Pai! Que essa sua luz esteja presente nas pessoas que pensarem ou falarem de você.

Peço a Deus a companhia dessa saudade imensa de você . Ela alimentará meus dias e trará lembranças que me seguirão por toda minha vida.

Eu amo você!

sábado, 25 de abril de 2009

Meu músico joão Bagá


Os anos setenta foi um marco na música brasileira. A idéia desastrosa de um país dominado pela ditadura inspirava os novos compositores.O resgate dos festivais da Record já radicalizava com o surgimento de novas tendências musicais, como os tropicalistas Gil, Caetano, Bethânia, Gal, Tom Zé, etc.

O encontro de um País dominado pelos militares com a boa música, choca-se com a repressão aos direitos do livre uso de suas idéias, sabotadas pelo AI5 em que músicos, estudantes, escritores, foram presos, torturados, exilados e muitos mortos ou “desapareceram” simplesmente.

É nesse cenário que aos 15 anos me envolvo com a boa música brasileira. Meu ídolo era Chico Buarque. Adorava suas letras bem escritas e seu jeito macio de cantar.Acanhada, tive a sorte de encontrar o meu mestre e iniciador musical, João Sena Gomes, meu tio, grande violonista, amigo e parceiro de João Gilberto, com quem aprendeu a batida inigualável da bossa nova.

João Sena Gomes, o Bagá, esse era seu apelido no cenário musical, inova ao criar em sua cidade natal, Senhor do Bonfim, o Bagásom, grupo ao qual pertenci, juntamente com Glória, Renato Sena Gomes e Zé Ragone.

Nos apresentávamos aos sábados, no bar Esmeralda, com repertório vasto atraindo um público fiel, fazendo desse local uma referência cultural na cidade. Embora é sabido que Bagá já se consagrara em grupos musicais como Príncipes da Melodia, apresentando-se nos áureos tempos, em Salvador, na rádio Sociedade da Bahia, Hotel Chile entre outros.

Os dedos do grande Bagá escolheram Senhor do Bonfim para tocar seu violão. Seu grande amigo João alçou vôos e hoje é reconhecido internacionalmente.

Bagá não conheceu a fama como o seu amigo, mas recebeu uma merecida homenagem no dia 21/11/08 da Câmara dos Vereadores de sua cidade pela sua importância musical.

Dos anos setenta fica o sabor amargo da ditadura, situação critica de um país que calou seus artistas, mas deixou em mim a chance de começar o meu canto ao lado do grande músico João Bagá.

Sem fantasia


Estou a escutar “Sem fantasia” de Chico Buarque. Aprecio demais a maneira como ele escreve cada frase. São perfeitas. Verdadeiro poema musicado. O vasto repertório de Chico tem músicas e letras maravilhosas. Se fosse citar todas que gosto me demoraria demais. Por isso me detenho apenas em uma delas.


A música “Sem fantasia” é como se fosse uma filha minha. Tenho tanto carinho por ela, afeição, que chega a ser maternal mesmo. Sua letra é delicada, suave. Fala do amor de uma forma singela ao mesmo tempo em que a paixão domina o letrista, tornando-o escravo dessa paixão. Ele clama ao seu menino vadio que volte sem fantasias, mentiras, que ele volte simplesmente, sem apelos nem dor.


Ele o quer de volta de qualquer maneira. Fraco, tolo, que volte inteiro, totalmente seu. Nossa, que amor arrebatador, chega a arrepiar! E tem um contraponto lindo.Observem um pouco: ”ah, eu quero te dizer que o instante de te ver custou tanto penar, não vou me arrepender, só vim te convencer, que eu vim pra não morrer de tanto te esperar....”


A melodia aliada à letra é simplesmente maravilhosa.Uma verdadeira obra prima do grande Chico Buarque. E é com muita honra que lhes digo que essa foi à primeira música que cantei em público. Tinha apenas treze anos e a responsabilidade de cantar uma música de um dos ícones da música brasileira. E ainda fazendo contraponto!


Era sábado. A AABB estava cheia. Tio João tentava conter minha ansiedade. Nem meu pai sabia desta minha estréia. Meu coração batia descompassado. Não me contive e fui ao banheiro uma dezena de vezes. Sentia um calor, um desconforto, um não sei o quê? A vontade era de desistir. Meu tio sorria-me confiante.


Pronto, chegou o momento. O chão parecia sumir. Fui andando apressadamente. As pernas estavam tremulas. Minhas mãos suavam. Meu tio deu a introdução. O silêncio reinava no clube. Todos os rostos se voltaram para nós.. Ele me olhava, eu olhava pra ele com um sorriso fraco, sem graça. Pedia socorro. A dor na barriga apertava. Não podia mais fugir.


Ele deu a introdução mais uma vez. Fechei os olhos. Deixei-me levar pelas notas da melodia de Chico. Respirei. Meu coração foi acalmando. Minha voz saiu calma, sem tremer. Conseguira vencer a emoção. Abri os olhos e sorri. As pessoas me olhavam carinhosamente. Logo vieram as palmas.


Meu pai emocionado se arrepiava, ia a lágrimas. Fiquei feliz. A minha voz fluía. Assim que terminei, pediram bis. Cantei mais uma vez junto ao menino que Chico me emprestara naquele dia e fazia a minha fantasia virar realidade.

Glamour


Hoje acordei a lembrar de alguns amigos que tive. Nós nos divertíamos muito. Eles me faziam rir e ver a vida de uma maneira mais leve. Talvez tenha sido por causa da opção sexual que tinham. Eles eram pessoas especiais. Homens fisicamente, mas com cabeça e gestos de mulher.


Isso mesmo. Pensaram certo. Meus amigos eram homossexuais. E observem que ser gay nos anos 70, 80, não era fácil. Para começar, eram chamados de viado. Hoje o termo pejorativo sumiu, pelo menos não o ouço mais. Existem outros, mas o viado era triste e o número 24, esse, coitado, sofria perseguição.


Como era bom vê-los falar e desabrochar a mulher que tanto os traia. Muitas vezes sofriam por amor e procuravam consolo. Confidenciavam-me suas desilusões para depois dar a volta por cima.


Não se deixavam abater por muito tempo. Arranjavam logo uma maneira de passar adiante o desamor e partir para aproveitar a vida. Uns eram mais recatados, tímidos mesmo. Outros, no entanto não se continham e alvoroçados deixavam seu lado mulher aflorar de vez.


O que mais me admirava neles era a lealdade. Não traiam em hipótese alguma seus amigos. Muitas vezes achavam atraentes meus namorados e cochichavam discretamente: “Posso dá uma olhadinha” “Nossa, perdi a respiração”.” Amiga, acho que vou desmaiar”.


Todos eles eram inteligentes. Um deles mesmo era poliglota, entendia de qualquer assunto, estava sempre bem informado e conhecia a Europa, Estados Unidos, dentre outros paises. Geralmente eram independentes financeiramente, trabalhavam e eram bons profissionais. Eu os respeitava e hoje sinto saudades da transparência de suas atitudes, atenção e carinho que me dedicavam.


Tinham também uma veia artista espetacular. Na pista de dança foram meus professores. Tinham desenvolturas para criar coreografias. Formamos pares perfeitos, e com a explosão da discoteca éramos chamados para abertura de boates. Um verdadeiro sucesso. E isso para eles era a glória, a realização plena.


Hoje me presto a relembrá-los com muita alegria. O tempo nos separou. Uns morreram. Outros continuam escrevendo sua história em outros lugares, com outras pessoas que também saberão valorizá-los.

Arnaldo Antunes ?


Meu marido chegou meio atordoado da rua. Não sei se atordoado é a palavra certa. Acho que ele estava mesmo era cansado. Transpirava o danado. Diz que o calor estava insuportável.

Calor é no sertão baiano onde nasci. É de fritar ovo no asfalto. Jesus, quando a gente tomava banho dava vontade de não sair. E a sensação de melado no corpo? Não tinha água que resolvesse.

Pra completar a agonia , ainda tinha os tais aviões, os boeings, os jumbos . Oxe, to falando das muriçocas e moscas. Esses insetos desagradáveis adoravam um calor humano. Oh, aflição! Não gosto nem de pensar!

O meu maridão conhece bem o nosso calor nordestino, e sabe que não há comparações. O mineirim sofreu na minha terrinha. Tadinho!

Pois bem, o meu queridão, suava tanto que fiquei com dó, e um pouco admirada. Não é isso que quero dizer. To mesmo atrapalhada. Home, eu levei foi um susto mesmo.

Estava diante do Arnaldo Antunes. Juro pra vocês. O danado do marido cortou o cabelo. Aliás, pelaram o cabelo, tiraram o resto que sobrara. E os fios, depois da careca, estavam arrepiados.

Não foi minha intenção ofender. Sei que o Arnaldo Antunes tem um aspecto "diferente". Esse" diferente" que incomodou o maridão. Oh, meu Deus"! E agora? Será se ficou ofendido?

Fui sincera. Ele estava mesmo parecido com o ex - Titãs. Quis consertar e acabei piorando mais.

Chamei-o de Kirk Douglas. Depois Michael Douglas, o filho do Kirk . E finalmente Gianechinni. Ai, que a vaca foi pro brejo.Ficou mais ofendido ainda.. Pensou que estava fazendo hora com a cara dele.

Oxente, mas de uma coisa tenho certeza, nunca mais ele deixará barbeiro nenhum fazer aquela miséria não sua não tão vasta cabeleira.

Bem, você não é o Antunes...viu?




quarta-feira, 22 de abril de 2009

Vem dançar comigo


Não sei descrever o que se passa comigo quando ensaio alguns passos.Adoro dançar. Esqueço de tudo.A entrega é tão grande que não sei para onde vou nem porque fui.

A música vai chegando de mansinho e me deixa atordoada. Ouço cada instrumento e me arrepio. Sigo o ritmo e dai ninguém me segura. A emoção toma conta e não encontro limites para minha dança.

Tudo muda. A visão de vida se preenche com os sons. Vivo a música que danço com intensidade. Meu corpo fala. Meus sentidos absorvem os acordes que me guiam suavemente.

Danço todos os ritmos sem explicação.Mas, não existe explicação para a dança. Ela toma conta de seu corpo sem pedir licença A saída que temos é obedecer e seguir os seus contornos criando passos.

É isso que faço. Crio passos. Tudo é tão natural. Pura intuição que cresce e me faz um par entre tantos pares que me acompanham e não vejo.

Então o que está esperando? Anime-se. Vem dançar comigo?




domingo, 19 de abril de 2009

Velho e adorável Chico



Nasceste na serra da Canastra nas Minas Gerais, em local conhecido como “Chapadão da Zagaia”, a mais de 1.000 metros, e como guerreiro caminhaste duro , desaguando tuas águas em outros estados do nosso Brasil.


Es um rio de fibra , pois mesmo sofrendo desgaste promovido pelo homem, não estás pávido nem acabrunhado. Resistes, como um soldado, vais a luta consciente da tua importância , na esperança que um dia a tua força seja reconhecida e teu trabalho árduo finalmente seja exemplo para aqueles que te perseguem.


Amo-te, meu querido Chiquinho. Sinto saudades das tuas águas cálidas ,andarilhas do meu sertão semi-árido, que grato por tua bondade se veste de verde, unindo-se a teus afluentes que se espalham, transbordam tal qual fonte divina, inspirando peregrinos em Bom Jesus da Lapa que louvam ao Pai ás tuas margens!


Es mesmo um rio especial. Acho até que o teu “coração” pertence ao povo nordestino! Afinal, trocaste o sudeste, região nobre do país, por uma região deficitária ,carente, e por vezes excluída no Cenário Nacional.


Preocupo-me com teu futuro querido rio. Temo que te prejudiques com essa história de mudança de teu curso no propósito de abastecer a população do agreste nordestino, na intenção de criar pólos agrícolas. Sabe-se que o rio Aral (entre o Cazaquistão e Uzbequistão) está morrendo.


Na década de 60, o governo soviético desviou dois rios que o alimentavam para irrigar plantações de algodão. Pressuponho, danos ambientais futuros com esse negócio de mudança do teu curso. Essa história vem de longa data e já foi plataforma eleitoral de muitos políticos!


Portanto, quero-te caminhante peregrino em direção ao mar a agradecer o milagre, conluiado com São Francisco de Assis, de dar vida ao nosso tão sofrido sertão.


Agradeço-te também por banhar 500 municípios brasileiros, ocupando 8% do território nacional, sendo assim o maior rio inteiramente brasileiro. Na tua nascente, presenteia-nos com vales e florestas naturais. E ao desaguar tuas águas a natureza te recompensa com coqueirais e imensas praias douradas.


Curvo-me a ti rio da Unidade Nacional, e peço a ajuda de Aiti, cujas lágrimas segundo a lenda o formaram, para afastar insensíveis e inescrupulosos espíritos presepeiros que são incapazes de impedir a tua morte lenta.

Vixe mainha!



Vixe mainha, tô a sentir um arrepio gostoso da brisa nordestina em que residem soberanas as belas praias morenas de Ilhéus, Salvador e Itaparica.

Oxente, quero comer vatapá, cuscuz, mugunzá, beber água de coco,batida de pitanga e licor de jenipapo, todos bem acompanhados por um acarajé apimentadinho
.
Ave Maria, o peito dói demais quando penso em meu povo alegre; sacolejantes nos palcos elétricos, assistidos em sua origem pelo Ilê e Filhos de Gandhi.

Vixe mainha, não se avexe não, pois farei uma prece ao meu Pai Oxalá pra me levar á terrinha, sentir seu dengo doce ,tal qual rapadura, onde irei me lambuzar.

Olhe meu rei, nasci no sertão da Bahia, convivi com a falta de água, o calor escaldante, as noites frescas e namoradas, sempre bem acompanhadas pelo violão do meu tio e mestre, João Bagá.

Uai, oxente , trem...afe! Sou baianeira agora, mainha! Adotei Minas....tô apaixonada pelas montanhas, o fogão a lenha, as cidades históricas e este povim bonitim demais!

Vixe mainha, vixe painho? E agora? Fiquei retada.Tô dividida. Será se tenho coragem de deixar as Gerais?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Relaxem meninas.


Tenho que fazer ginástica.Toda segunda feira vou começar. Mas o problema é que na hora h não vou mesmo. Xi, dá uma preguiça!

Olhe, vou logo avisando nada de falar em meu ouvido. Já sei de tudinho tim , tim por tim tim. Cala esta matraca de uma vez.
Tu é mesmo insuportável.

Ei mulé de Deus, endoidou? Ficou fraca das ideias? Pra começar nem sei do que tu tá falando. Me deixe no meu canto. E tem mais se eu tiver que falar eu falo e pronto, tá?

Hum...otária, só falei alto . Estava só pensando. Não posso? Vai me proibir? Nem tinha visto a tua figura. Irritadinha.

Eu irritada? Oxe, vai plantar coquinhos. Contar palitos de picolé. Encontre o que fazer. Tá até engordando. Coisa horrorosa!

Despeitada.Eu estou ótima. Sei que aparentemente engordei um pouquinho. Mas sabe porque? Sabe não, né ? Disfarça sua falsa. Foi os teus olhos invejosos, tá?

Vai se cuidar. Faz pelo menos uma caminhada. O sedentarismo leva a doenças. Burrice.., não vou me meter em sua vida. Por mim pode até virar uma porca de tão gorda.

Exagerou. Meça suas palavras. Tu não pode falar nada. Tá magra demais. Evita comer pra não perder a linda silhueta.Anoréxica. Parece a noiva cadáver.

Que baixaria dessas duas. To com vergonha de meus leitores. É sempre assim quando se encontram. Brigam como crianças. Deveriam saber conversar. Já são adultas.Pra que tanta agressão?

Acho que elas deveriam relaxar. A Yoga seria mais adequado. Vixe, to me metendo onde não fui chamada. Cala-te boca.

Beber com moderação

Beber descontrai . Para os tímidos não tem coisa melhor. Como se soltam. Fazem coisas que depois juram não ser verdade. Dizem simplesmente que não se lembram de nadica de nada. Oxe, desculpa esfarrapada!

Bebida não provoca nenhuma amnésia.. Papo furado. Todas as vezes que bebi um pouco além da conta lembro de tudinho que aconteceu. Home, deixem de lorota e assumam o que fazem. Essa não engulo mesmo. Oxe, dá uma raiva! Pensam que a gente é besta.

Agora tem uma coisa. Meu filho mais novo está bebendo. Claro que isso ia acontecer. Queria que ele não provasse.Mas, não tem que proibir, sim alertar. A bebida é uma droga, logo tem que ser usada com moderação. O prazer que ela dá é bom demais, e isso atrai o jovem. Sem falar na sensação de poder, né?

Nos tornamos vulneráveis com as drogas . Todo cuidado é pouco. Chego até ser chata de tanto que falo na cabeça de meus meninos. Bom, faço a minha parte. Costumam dizer que sabem de tudo que possa acontecer. Hum.... Deus tome conta...!

Hoje com toda informação existem os deslizes. O negócio é não perder o valor pela vida. Não deixar a droga ser mais poderosa que seu próprio corpo e mente.

Fui muito consciente enquanto bebi. Não gostava quando misturava e via tudo rodar. Sem falar no estômago embrulhado e tudo mais. Credo, ruim demais! Como sempre falava que nunca mais faria aquilo. Mentira pura. Mas faz parte da mocidade. Nossa, que palavra antiga...mocidade....affe?

Hoje to mais tranquila. Bebo muito pouco. Não sinto mais aquela vontade. Tudo passa, não é verdade?

Agora, no calor da minha terrinha fica difícil na beirada da praia resistir a uma cervejinha gelada. Hum, bom demais!


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Amigos lindos


Meus amigos são lindos. Como é bom saber que existem e fazem parte da minha vida.Quando estou com eles fico toda feliz. Eles me fazem um bem retado. É bem verdade que não são muitos. Dizem que o que importa não é a quantidade e sim a qualidade, não é verdade?

Vixe sou muito carinhosa com eles . É o meu jeito. Mimo-os mesmo. Devem gostar.Pior que não sei. Não me importo com isso. Carinho nunca é demais.

Existe muita diferança em dar carinho e ser pegajosa, grudenta. Tento não fazer isso. Não é muito agradável. Com certeza as pessoas se esquivam. O exagero incomoda.

Nós baianos somos muito abertos. precisamos muitas vezes frear nossas emoções. Sempre todo mundo é amigo. Mal conhecemos e já compartilhamos copos e convidamos pra jantar, almoçar. Eitá , a gente quer agradar de qualquer jeito.

O mineiro é receoso, mais pé no chão, observador. Gosto disso. Não foi á toa que casei com um, ?

Acho bonito demais essa mineirada meu Deus!. Falam mansinho que deixa a gente arrepiada. E a culinária, nossa, simplesmente maravilhosa!!! Affe, acho que mineirei de vez. Oh, trem bom gente!

Aos meus já grandes e fofos, lindíssimos amigos, o meu cheiro e o meu coração retadamente cheio de amor. Aos que virão deixo a porta aberta para acolhê-los com muita satisfação com a promessa de não sufocá-los com demonstrações excessivas de carinho!

Psiu...pensei melhor.Não sei se conseguirei cumprir esse promessa, viu?


Tadinha da bichinha!

Minha cabeça parece ter um tijolo de tão pesada. A dor se localiza mais na testa. Claridade nem pensar. Coisa chata, desagradável. São os ites da vida. Meu ite de hoje é renite. Até os olhos doem. Deve ser reflexo da dor na testa.

To irritada um tanto! Nossa Mãe do céu! Oh, dor retada de chata. O nariz entope. Fico respirando pela boca. É bom que não me perturbem. Não me responsabilizo . Affe, fico um porre, reconheço.

Ninguém tem nada a ver com minha dor,não é mesmo? Descontar nos outros, não é justo. Juro que vou me conter. Melhor ficar quieta e curtir meu momento tão doloroso. Vixe, acho que estou exagerando.Que drama!

Maridão chega. Queixo-me da dor. Ele me olha por instantes. Pensa, reflete e diz:"Teimosia sua, não falei para assoar o nariz direito."

Meu Deus do céu lá vem sermão. Home, não sou criança. Que droga. E ele continua."Uma mulher véia e não sabe se cuidar"

Meninas, véia é o passado dele não é mesmo? Eu precisando de um afago e me vem reclamação? Não me contenho e respondo a altura: "Olhe,não sei como ainda me queixo a você. Seu, seu, sem coração. Volta pro trabalho. Anda, toma banho e vai para a faculdade. Quero ficar só com minha dor"

Todos os Santos do céu, quanta tragédia. Pior que um dos filhos fala: "Aposto que está com TPM também."

Calo-me por um momento. O menino está dando palpite! Essa é demais! Tenho que responder. Não admito, oxente!...." Estou com tpm sim, acertou. E tem mais não se meta assim caio fora dessa casa,viu?"

Gente que vergonha. Mas acreditem é sempre assim. Tento até não fazer esse drama todo. Mas tantas cuecas em casa me deixa revoltada. Eles podiam ser mais carinhosos .

Deito. Amarro uma faixa na cabeça.Isso sempre trás um certo alívio a dor na testa.Fico parecendo uma índia véia. Coitadinha de mim. Que sentimento de abandono meu Deus.

Mulé toma jeito. Que coisa horrorosa. Levanta dessa cama e se aprume? Tu precisa lá de mendigar afago. Oxente, é ou não é uma baiana retada.? Hum, tá merecendo apanhar. Onde já se viu? Credo! Tadinha da bichinha , ohhhhhhhhh!!!!!!!!!!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sonho ...só.

Nossa, já fui tão cheia de ilusões. Daquelas de construir castelos com príncipe e tudo. Viver demasiadamente dentro da realidade faz mal. Temos o direito de ter nossos devaneios. A vida fica leve,não é mesmo?

Costumo dizer que vida sem sonho,ilusões não é vida. É no sonho que construimos nossas ilusões sem barreiras nem regras.Penso que é ai que existe uma entrega de nós com nós mesmos. Tiramos as máscaras. Abandonados os porquês e para quê.

Sonho muito sabiam? Por que não? Não existe tempo para sonhar ou deixar de sonhar. Eu me alimento com meus sonhos. Não sei viver sem eles.Tento apenas me proteger mais das ilusões Não sei explicar, mas aprendi a lidar com elas sem me machucar.

Dizem que sonho que se sonha junto é melhor.Vixe, ai que mora o perigo. Prefiro não me comprometer. Sou feliz sonhando só.A minha liberdade é essencial.O outro pode até me procurar mas duvido que mesmo em sonho possa me encontrar.......!

Pra que números?

Menina, tava aqui pensando. Ás vezes não acredito que cinquentei .Meio século é muita coisa. Números demais. A ficha demora a cair. Como é difícil acreditar em tal coisa. Meu Pai do céu!

Não entendo direito esse negócio de números. Prá que números ? Nós já somos números! Que o diga nosso cpf, identidade, dentre outras coisas.Agora essa contagem de anos é humilhante e preconceituosa. E prá incomodar ainda mais inventaram ainda a infeliz terceira idade. Oxe, aonde já se viu?

Um dia meu marido me disse uma coisa que me intrigou ainda mais." Veinha - home, o meu maridão, o amor da minha vida me chamando de veinha?Essa é de lascar ou esganar, concordam?Bom, ele diz que é carinho, vou acreditar...hum, será? Mas voltemos ao diálogo fatídico. Nossa!

Continuando...."pois é veinha, nós estamos descendo o morro". Veja só, que sacanagem? Não to falando. Tudo é culpa dos números . Pra que fui cinquentar?Agora vem a descida do morro.. Vixe, já estou com dor nas costas, pernas.

Ah...,porque fui falar em dor? Desmiolada mesmo. Cinquentona inconsequente. Agora pronto. Lembrou do condor,não é? Bem feito. Mas convenhamos , é outra puta sacanagem . Pára, pára, não quero ouvir nem pensar em mais nada. Não vou descer o morro nem por decreto. E esse negócio de condor? Ora, xô, to fora meu bem!

E querem saber? Na minha mente não existe números, gostou ou quer mais?

sábado, 11 de abril de 2009

Ui, ardeu!!!!!!!!!!!!!


Meu dedo polegar doia um tanto que a minha vontade era de xingar mesmo. Ui, bos....! Ei, calada. Boca suja! Tome vergonha moça! Não aguenta dor?Que frouxidão é essa? Estou lhe desconhecendo.Besteirada mesmo. Dá uma soprada.Não faça de uma queimadurinha besta, um bicho de sete cabeças.Fresca mesmo,não tem jeito.

Pára de falar na minha cabeça,não foi você quem deixou à água fervendo cair no dedo. A dor quem sente sou eu. Se fosse você aposto que estaria chorando. Viu só o tamanho que ficou meu dedo ? Olha só como está vermelho? E tem uma coisa não dê palpite....uiiiiiiiii.

Tu é uma desastrada. Onde já se viu um acidente desses. Tava cega? Vai ferver água para o café do marido e não olha o que faz. Parece criança?

Ai que raiva meu Deus. Eu com dor e obrigada a ouvir sermão? Não posso nem mandar pra aquele lugar.A casa está cheia. Sou forçada a rir ainda.Ninguém merece!

Coloco clara de ovo no dedo. Dica da Internet. O ardido vai melhorando aos poucos.Pois é,a danada da clara melhora mesmo. Pelo menos dessa vez a dica da Internet é verdadeira.Podem experimentar quando se queimarem,viu?

Claro que um dedo queimado não é nada demais. O negócio é que a queimadura foi de terceiro grau. A clara ajudou mas não conseguiu evitar uma super bolha no dia seguinte. Vixe, meu dedo virou um dedão!

Dá uma vontade de estourar esse bolhão! Hum.., já sei que pode arder. Vai começar de novo? Olhe, to ficando retada da minha vida. O dedo é meu e eu faço o que quiser! E tem mais vou furar essa bolhona e pronto!

Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, ardeuuuuuuuuuu!