
Deveria ter abraçado-a mais.
Dar-lhe mais atenção, ouví-la, compreendê-la.
Colocá-la no colo, e com muito zelo passar as mãos em seus cabelos brancos.
Lembro de seus olhos grandes, inteligentes.
Da sua letra perfeita.
Das suas mãos que me acolheram e acarinharam.
E seu sorriso? Era lindo, perfeito.
Da última que vez que nos vimos , disse-me que seu sorriso era a única coisa bonita que lhe restava.
Palavras de quem deixara de viver sua vida para cuidar e amar quem estivesse a seu lado.
E como Ninha, Eninha, Élena sabia amar!
No silencio de sua casa , através das frestas das janelas , escondia-se.
Resolvera exilar-se.
Já dera amor suficiente.
Andava cansada.
Queria sua libertação.
O Pai do Céu, finalmente ouviu suas súplicas.
Ninha, meu anjo da guarda, subiu para o céu.
Estou órfã.
Saudosa.
Entretanto, seria egoísmo , não deixá-la ir.
Descanse em paz, meu Anjo.
Daqui da Terra estarei sempre lembrando de você.
Você estará presente em meus dias, noites e sonhos.
Despeço-me , dizendo-lhe que amo você.
Com carinho.
Sua filha, Sandra.
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