quarta-feira, 30 de março de 2011

Minha cabritinha Mary Lu.



Mary Lu foi meu primeiro animal de estimação. Quando a vi nos braços de meu avô fiquei apaixonada. Foi amor a primeira vista.


A cabritinha era um doce. Simpática e barulhenta virou meu brinquedo. E um brinquedo especial que andava, berrava e me fazia muito feliz. Exibi-a como um troféu. Era uma privilegiada, ninguém tinha um brinquedo igual ao meu.


Virei uma chata de galocha. Não dividia Mary Lu com ninguém.


Sentia-me a mãe, dando-lhe mamar numa garrafa de refrigerante com um bicão de borracha que a cabritinha sugava com satisfação.


Aquela fofurinha não tinha uma cor definida . Era rajadinha de preto, branco e marrom. Uma boneca linda. Pior que a tratava como a minha boneca. Enfeitava-a, enchia-a de perfumes e para desespero de minha mãe, vesti-a com meus vestidos.


À noite quando todos dormiam costumava buscar a cabritinha no terreiro para dormir em meu quarto.


Cedinho, o animal acordava a todos com seu béeeeeeeeee insistente.


A recalamação dos meus pais era inevitável.


Ingenuamente, defendia-me das broncas que levava argumentando que a bichinha estava com frio e medo do latido de Arnaldo, um cachorro brutamonte da nossa vizinha, Dona Elfrosina, uma senhora de seus setenta anos, ranzinza e mau humorada.


O que mais incomodou foi o nome que dei a cabritinha. Meus pais insistiam com Lalá, Cacá, nomes fáceis e mais apropriados para bichos.


Eles sabiam da minha admiração pela mulher do mais novo doutor da cidade.


A mulher do tal doutor,uma loura de olhos azuis e corpo cheio das curvas que andava nos trinques a desfilar pela cidade sendo admirada por homens e mulheres, jamais admitiria que seu belo nome fosse dado a uma simples e chinfrim cabritinha.


Dito e feito. A madame se queixou a meus pais, pois me ouviu berrar seu nome quando um dia Maryl Lu resolveu sair desesmbestada pela rua, a tempo de ser atropelada pela rural caindo aos pedaços de seu Zé Meioro que passava a toda velocidade.


Desse dia em diante senti entojo pela loura sarará. Era a mulher passar e eu iniciar um Mary Luuuu que ia abaixando até se tornar um sussurro.Os olhos azuis da nojenta faiscavam. Dei graças a Deus quando a metida a besta se mudou para a Praça Nova, um dos lugares mais lindos da minha cidade.


O negócio é que Mary Lu começou a crescer e ficou complicado cuidar dela já que com oito anos fui obrigada a ir á escola.


Meus olhos se encheram de lágrimas quando vi Mary Lu partir na carroceria do caminhão de meu avô.


A cabrita se foi com um olhar penoso de dar dó .


Abri o bocão inconsolável.


Corri para o quarto e abracei meu travesseiro soluçando.


Não suportava o dia-a-dia sem minha Mary Lu. Os dias seriam silenciosos sem seus bésss.


Da porta do meu quarto meu pai me observava com uma caixa pequena de papelão nas mãos.


Ele se achega de mansinho e a coloca em cima da cama.


Desconfiada, e passando as mãos pelos olhos ainda molhados pelo rio de lágrimas, destampo a caixa.


Três filhotes de coelhos se encolhem na pequena caixa . São dois machos e uma fêmea.


Abro um sorriso.


Em disparada saio porta afora. Minhas colegas fazem um circulo para observar meus novos bichinhos de estimação.


Meu pai espia da janela.


Aceno-lhe mal contendo minha satisfação.


Sabem o nome que escolhi para meus novos filhinhos?


...(suspense e risos)


Como era época da Jovem Guarda nada melhor que Roberto, Erasmo e Wanderléa!

segunda-feira, 21 de março de 2011

A visita de Genaro


Quase me estrebucho no chão de tanto susto. Meus olhos custaram a crer no que viam. Limpei os zoinhos várias vezes para acreditar naquela miragem nordestina.

Oh, meu paizinho do céu era mesmo Genaro? Como foi que o danado do jegue chegou em minha casa?

Ele me sorri com todos aqueles dentes grandes e lustrosos.

Num impulso o abracei.

Oxente, abraçar era pouco. Acabei mesmo foi montada em seu torso robusto .

Saudade desse jeguinho safado.

Só para clarear as idéias de vocês: Essa figura do meu sertão é velha conhecida e goza de bom conceito no meio animal. E ,orgulhosa pela pessoa generosa e amiga de Genaro, prestei-lhe homenagem em um dos meus textos. É só olharem no blog que encontrarão o tal texto. A foto de Genaro em pose especial vai chamar logo a atenção de vocês.

Genaro, é um jegue diferente. Ganhou o BBB e se transformou em celebridade com direito a fotografias e entrevistas na TV. Só que o danado é inteligente, pois apesar de bon vivant, mulherengo com carteirinha expedida pelo Órgão Federal dos Jumentos Infiéis Brasileiros, usou bem o dinheiro do prêmio para ajudar os jeguinhos, e outras classes de animais adoentados e inválidos.

O melhor de tudo é que virou um ativista conhecido no meio da bicharada sendo porta voz em defesa dos direitos dos bichos indefesos e desempregados.

Pelo que sei, o problema principal, e que preocupa Genaro, é o desemprego em massa dos nossos burriquinhos. O caso tá encalhado. No governo Lula não foi tomada nenhuma providência ,embora o presidente em um de seus discursos tenha se referido ao miserê em que se encontrava os nossos históricos serviçais.

Volto-me para meu amigo que adentra minha casa e é recebido pela minha cadela Bia.

Fazendo ares fatais , a pretinha vira lata se engraça pela boniteza e educação do jumento.

Os dois iniciam um conversê sem fim.

Esqueçeram da minha presença, os danados.

Disgrama de cadela oferecida? Podia conter-se. Só falta enlaçar Genaro e levá-lo para o quarto.

E olha que o fogoso galanteador não dispensa um rabo de saia. Tenho que agir rápido, pois daqui a uns tempos vou ter uma mistura de bicho esquisito a transitar em meu terreiro.

Meio contrafeito Genaro suspira e se volta para ouvir-me.

Bia fica visivelmente contrariada. Olha-me e sai remexendo as cadeiras.

Rio e pisco para meu amigo que balança a cabeça como a entender meus pensamentos femininos.

A vinda do meu amigo é finalmente explicada: O bicho tá fazendo trilhas pela Estrada Real. Esportista, é grande alpinista, escolheu as montanhas das Gerais para mais uma de suas aventuras.

Aproveitando a viagem turística marcou encontros com líderes do mundo animalesco mineiro para que façam um movimento sério, abrangente e com cláusulas pertinentes aos animais sem eira nem beira, sendo prioridade principal o desemprego injusto dos jegues brasileiros.

Despeço-me de Genaro desejando-lhe uma boa estada nas Gerais. E que sua luta incessante pelo bem dos animais ,tenha um dia, retorno satisfatório.

Pena que o jegue não quis se hospedar em minha casa. Disse-me que trouxe uma jumentinha do Maranhão de nome Margarida. Conheceu-a na fazenda da Dra. Fátima Oliveira, escritora de renome, e se apaixonou pela dengosa jumentina dançarina de tambor de criola.

Disse-me que aproveitou o encontro para debater com a doutora sobre o aproveitamento dos jegues na equoterapia. Pois, é sabido, que a grande escritora tem em sua mente desejo de usar o animal em desuso em projeto futuro para ajudar deficientes que necessitam de tratamento especial, sendo a a equoterapia um tratamento reconhecido, já usado com cavalos, tendo resultados curadores para os males físicos e da alma.

Bia se enfesa quando falo de Margarida. Acho que a pretinha se apaixonou pelo jegue cheio das vontades de fazer ipsilones.

Tadinha da minha pretinha rebolativa!

O descaramento de Genaro é tanto que está para nascer donzela que acalme seu ímpeto masculino.

Segue o link para que leiam o primeiro texto que fiz sobre Genaro: http://sanbahia.blogspot.com/2010/12/genaro-e-fala-de-lula.html

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mardita pimenta e suas consequências em minha vida


Essa semana Fátima Oliveira , médica e escritora, escreveu sobre os beneficios da pimenta na sua coluna no Jornal o Tempo, MG. Ela diz que : " As pimentas, além do valor nutritivo, são alimentos funcionais - contém nutrientes e substâncias de ação protetora e terapêutica. São tidas também como alimentos termogênicos, isto é,que ajudam no metabolismo , queimando calorias com maior rapidez.'

Queimar calorias? Palavrinhas que dão uma esperança naqueles e principalmente "naquelas "que insistem em emagrecer ás custas de dietas malucas e inibidores de apetites milagrosos.

Minhas meninas adoráveis, comam pimenta. Lambuzem-se. Porém, sejam moderadas, pois se souberem usá-las adequadamente os vossos organismos agradecerão seus benefícios.

No entanto se exagerarem, talvez lhes aconteça um desagradável e fulminante fogaréu.

Digo-lhes isso pela minha insensatez . Minha falta de bom senso.

Julgava-me a expert em pimentas. Pura e desastrada ilusão.

Nada haver ser baiana para conhecer bem de pimentas e saboreá-las sem sentir seus picantes resultados a dilacerar minhas delicadas papilas gustativas. E o pior, vendo-as sendo fritas numa imensa frigideira junto com azeite de dendê.

Descrição exagerada?Talvez.Até assumo esse meu lado homérico de ser. Mas, foi assim que me senti certa vez na capital soterapolitana.

Era tardinha no porto da Barra. Coisa linda observar o sol se por em um dos cartões postais de Salvador. Nada melhor que uma loura gelada com acarajé para acompanhar a visão daquele presente lindo da natureza.

Satisfeita passei aquela pasta apimentada em mais um acarajé crocante e cheio de camarão.

Fechei até os olhos para saborear a iguaria feita pela baiana vestida á caráter que me olhava a sorrir.

Em fração de segundos meu mundo ou por não dizer minha boca, língua , meus órgãos vitais foram massacrados por um fogo que me fez cuspir e ao mesmo tempo correr em busca de água , doce, o que tivesse a minha frente para aliviar as labaredas que me possuía e me fazia chorar, e transpirar desesperadamente.

Traumatizei-me depois desse triste acontecimento que derrubou por terra minha sabedoria de grande pimentista.

Resultado disso tudo? Corro ás léguas de um simples frasquinho de molho de pimenta.

Afrouxei-me completamente.

A lembrança fatídica daquele por do sol no Porto da Barra não me sai do pensamento, ou por não dizer sinto um gostinho estranho a me dominar . Não é gosto, é um calor que me faz derreter. Uma ardência que me come o paladar.

To pegando fogo,acuda-me marzão de meu Deus. To lascada, aqui em Minas só tem barzinhos e montanhas.

Vou atrás de uma cachoeira para me livrar dessa sede, desse ardor que não me deixa e me consome os dias, as noites.

Ohhhhh, desesperoooooo !

Mardita pimenta.


obs.Leiam o texto da doutora Fátima sobre os beneficios da pimenta: ("A santa ardência da malagueta: comer pimenta é uma arte")
www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=4882

segunda-feira, 7 de março de 2011

Parabéns mulheres de sabores e cores diferenciados.


Dizem que a mulher faz o homem gemer sem sentir dor.

Taí, gostei dessas palavrinhas simples mas de um significado picante que envolve com sofreguidão e faz os homens perderem a cabeça, braços...ui, tudinho que quisermos.

Nós calamos a boca de uma sociedade culturalmente e abusivamente paternalista.

Muitos homens que se dizem machões cheio dos direitos sobre mulheres indefesas ,as chamadas sexo frágil, levaram um susto, caíram do cavalo e se espatifaram no chão.

Antes mulher não votava, não podia nem devia abrir a boca diante do seu dono e senhor. Éramos submissas e "apenas"donas de casa. Vivíamos para procriar, lavar, passar e coser .

Mulheres de Atenas que viviam para a glória de seus homens fortes e guerreiros.

Que reviravolta demos em nossas vidas. Somos até presidente de país, um cargo a muito pouco tempo ,m-a-s-c-u-l-i-n-o!

Vitoriosas somos pela nossa capacidade, inteligência e força de vontade. Vencemos nossas batalhas porque somos guerreiras.

Guerreiras que não perderam a ternura e continuam sua luta em busca de oportunidades melhores , decentes e justas.

Homens de boa vontade, criaturas lindas e abençoados por Deus, não queremos ser vossas imagens e semelhanças. Apenas desejamos ser respeitadas e termos nossos direitos reconhecidos.

Não queremos medir forças com vocês. Seria burrice. Queremos somar, multiplicar e acertadamente fazer o melhor junto a um mundo tão masculinizado e cheirando a cuecas.

Nossa suavidade faz falta. Pressão e rudeza precisam de um toque feminino , um jeitinho especial que só o ser mulher possui e acalma os meninos em aflição.

A mulher coração sabe ser razão com a sutileza que lhe é peculiar.

E diante dessa sua "delicada" maneira de encaminhar situações, e claro, por puro despeito, é chamada preconceituosamente de mulher -macho. Fato este que Maria Quitéria , com certeza não se importou, sendo assim a primeira mulher a lutar vestida de homem em batalhas contra os portugueses, recebendo a condecoração da Ordem do Cruzeiro por sua coragem e bravura.

Sendo este o primeiro ano em que uma mulher preside o Brasil, o Dia Internacional da Mulher tem outro sabor e cor.

A cor é feminina, e não poderia deixar de ser cor-de rosa. Mas,o pink, violeta, vermelho-carmim e todos os seus tons e sobre tons exercem luminosidade, alegria, paixão. Vamos misturá-los com o verde e amarelo e fazer com que nosso país socialmente tão desigual seja tocado e se encha de esperança para que dias melhores possam vir.

O sabor fica por conta de cada um de nós. Nós que devemos determiná-lo.Deveremos, porém ,estarmos atentos ao tempero que usarmos.

Peço-lhes que coloquem um pouquinho de pimenta, pois com condimentos picantes não correremos o risco de ficarmos deitados em berço esplêndido esperando a banda passar.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O carnaval da nega maluca que pensou ser bailarina
























Estava feliz, carnaval se aproximava e eu e minhas amigas prontinhas com as nossas fantasias feitas de papel crepom.

Íamos sair num bloco só de crianças pelas ruas da minha cidade. Cada uma escolheu sua cor preferida para fazer sua sainha rodada cheia de babadinhos.

Minha tia caprichou como pode para a minha saia ficar armada e linda.

No dia fiquei cheia dos cuidados, pois temia rasgar minha sainha. Todo cuidado era pouco. A fragilidade da fantasia não me deixava fazer movimentos bruscos. Cuidadosa, dançava com leveza.

Adorara minha sainha violeta cheia de glitteres de todas as cores. Sentia-me a bailarina !

Na cabeça vinha um laçarote feito de arame para firmar nos cabelos. Para o arame não aparecer foi enrolado nele o mesmo papel crepom usado na saia.

Todas vestíamos maiô brancos e sapatilhas também brancas.

Estávamos umas lindezas.

Metidassssssssss, exibidas! Nós éramos o centro das atenções, e para mim era prato cheio para mostrar meus dotes de grande dançarina.

Rodopiava, tentava a todo custo ficar nas pontas dos pés. Achava que conseguia. Via-me num palco executando o lago dos cisnes a causar admiração aos que me assistiam.

Chateada fiquei quando me perguntaram que fantasia era aquela?

Bailarina? Nunca. Era a nega maluca do bloco.

Lá vinha mais uma vez meu estereótipo me atrapalhar.

Sabia que minha moreniçe chamava atenção.

Adeus meu Lago dos Cisnes.

Tudo piorou com um toro que desabou inesperadamente.

Minha sainha derreteu, e eu virei uma arroxeada e raivosa nega maluca.

Chorei, chorei e chorei.

Arranquei laço, saia ,e sai só de maiô chutando as poças de água e lama que se acumularam pelas ruas da minha cidade.

Ao longe se ouvia as marchinhas de carnaval. Em  minutos a chuva desfez a fantasia da menina que sonhava ser bailarina! 














 

 

 

terça-feira, 1 de março de 2011

ABC do sertão


" Lá no meu sertão pro caboclo lê tem que aprender outro abcêeee." O Jota ,gente, é jiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii", e esse jiiii ficou em minha mente que não sai nem que a vaca "tussa." Enganchou, faz parte da minha vida, não desgruda . Parece Super Bonder a peste do som.

Não adianta tanto estudo se aprendi desde criancinha outro abecedário. A mente fixou, e eu me estrepo todinha até hoje, acreditem, pelo amor de Deus!

Mulher véia, estudada, e com a dúvida do som do jiiiiiiiiii, que não é jota de jeito maneira.

Viciei-me nesse som de jiii que não tem na face da terra regrinha de português que dê jeito.

Como posso me viciar num som. Os outros não confundo tanto, mas o jiii, que é jota , é meu calo, minha ferida aberta que não sara nunca.

A regra é clara: Uso de g/j

Emprega-se letra g:


Nas palavras terminadas em –ágio,-égio, -ígio, -ágio, -úgio. Exemplos:
Pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio.
Nos substantivos terminados em –gem, exceção feita a pajem,
lagem e labugem. Exemplos:
Vertigem, coragem aragem, margem.

Emprega-se a letra j:
Em palavras de origem indígena e africana. Exemplos:
Pajé, canjica, jibóia, jirau.
Exceção: Sergipe.

Mesmo sabendo que existem tais regras , a dúvida bate e o som aprendido e martelado em minha cabeça no pré -escolar vem e pronto..., é uma acabação, erro injustificado para quem estudou linguistica.

Agora sejamos justos, saber bem o português é difícil.Certas plavrinhas e regras nos pegam de surpresa. Para quem escreve a revisão é fundamental. Só que mesmo revisando somos enganados. Precisamos estar atentos e revisar incansadamente. E nisso eu sou relapsa. Não deveria, mas sou.
To é me julgando mal. Vocês devem pensar: para blogar precisa saber escrever, e escrever bem. Total razão para vocês. A bonitinha aqui tem que tomar tenência senão está fora, demitida da blogosfera. Atenção é a palavra chave para meu modo desatento de ser.

Com minha avoação dou umas vaciladas que para mim são imperdoáveis. Errar é humano, mas persistir é teimosia ou...., não vou dizer, a culpa é do meu abecedário meu povo, o danado não me larga, não dá um tempo.

Preciso de uma lavagem cerebral.Lavagem? Viram? Escrevi certinho. Não tem som de jiii. O negócio fica feio com monge, viagem(substantivo) , viajem ( verbo ) e por ai vai.

Pai do céu, adoro meu abecedário, mas livrai-me dos sons que tanto me atrapalham a escrita e me faz uma blogueira insubordinada.

Segue, para vocês me darem um pouco de razão , a letra que Gonzagão fez junto com Zé Dantas para a música ABC no Sertão.

Lá no meu sertão pros caboclo lê
Tem que aprender um outro ABC
O jota é ji, o éle é lê
O ésse é si, mas o érre
Tem nome de rê
Até o ypsilon lá é pissilone
O eme é mê, O ene é nê
O efe é fê, o gê chama-se guê
Na escola é engraçado ouvir-se tanto "ê"
A, bê, cê, dê,
Fê, guê, lê, mê,
Nê, pê, quê, rê,
Tê, vê e zê.

...mas, uma coisa é certa. Não falamos viajota, falamos viajiiiiiiiiii.....é som de ji e pronto.