Serra de Ouro Branco-MG

O marco inicial sul da Cadeia do espinhaço, que compreende um grupo de serras com altitudes variáveis, ao longo de 1.100 km de extensão, até a Bahia, está cheio de feridas provocadas pelas queimadas.

Seus ecossistemas pedem socorro. A fumaça, as fuligens, sujam nascentes e cursos d’águas.

A Serra de Ouro Branco padece os horrores do fogo que se alastra e destrói compulsivamente sua beleza natural.

Com elevação abrupta, formada por um paredão com cerca de 20 km de extensão a sudeste, que delimita um planalto cuja altitude varia entre 1.250 e 1.568 m e encostas íngremes a nordeste,a serra é um convite aos que apreciam a natureza e fazem uso de esportes radicais.

Uma parte significativa da história do Brasil é recontada através da Estrada Real que recorta a serra, onde passaram antigas tropas que intercambiavam ouro e mercadorias pela região.

O fogo não vencerá á serra. Sua natureza nocauteia as labaredas com novas e belas paisagem.

A insistência do fogo não é maior que a força que a natureza tem em reerguer-se.

Aplaudo a perseveranaça dessa natureza fabulosa que agredimos desnecessariamente

Entristece-me, porém, fazermos das queimadas um espetáculo cinematográfico. As feridas na serra descrevem cenas dignas de um película suja,sem chances de tornar-se um sucesso de bileteria.
Zangada, a natureza age e reage silenciosamente.
Por que não respeitamos Gaia, nossa geradora? Segundo Hesíodo-poeta da Grécia Antiga-Gaia nasceu após Caos e nos gerou sozinha.

Os Filhos de Gaia não escutam mais sua mãe zelosa. . Decepcionada, nossa Mãe dá sinais de desagrado. Suas respostas castigam nossa rebeldia.

Somos responsáveis pelas respostas indignadas de Gaia.

Amor de Mãe tem limites.

Reajamos, pois, como diz Vandré " quem espera vê a hora não espera acontecer".

Conquistemos e resgatemos nosso amor junto á Gaia antes que aconteça mais reações inesperadas da Natureza.