Quando estava no Jardim da infância há alguns anos atrás - e poe anos nisso - era constantemente requisitada para os famosos teatrinhos da escola.
Festejava-se dia disto e daquilo, obedecendo rigorosamente o calendário letivo. Diante disso, nós, os artistas mirins, éramos alvos das mais incríveis representações.
Digo-lhes isso com toda razão de causa. Pois, numa dessas representações tive a agradável surpresa de ser convidada para encenar uma linda peça de teatro na responsabilidade do papel principal.
Sentia-me, claro, radiante. Uma verdadeira Shirley Temple.Todavia, a alegria deu lugar à decepção quando me disseram qual seria o tal papel.
Acreditem, iria representar uma g-a-l-i-n-h-a.
Fiquei emburrada durante alguns dias. Não me agradava a idéia de ser, mesmo de mentirinha, uma galinha. Pensava no mico, é óbvio.
Porém, em criança tudo é muito engraçadinho, bonitinho.
Diante de tantos “inhos”, e a insistência carinhosa das “tias”, - tanta insistência não era á toa. Afinal a idéia da personagem não era aprazível para nenhuma criança - desarmei-me e disse sim ao desastroso papel.
Chega o grande dia. Pais e familiares lotam o teatro da escola. A ansiedade das professoras para que tudo saia maravilhoso é sinal de apreensão para mim.
Além de não gostar nem um pouco da personagem, irritava-me intensamente a sua fantasia. Feita de espuma com penas e bicos desproporcionais, assemelhava-se a uma grotesca caricatura de aves diversas.
Uns achavam que era pata, ema. Outros arara, seriema.
A esta altura dos acontecimentos não me agradava nem um pouco aquelas comparações.
Entretanto, não poderia mais voltar atrás, teria que enfrentar a minha fatídica e lastimável situação.
E foi com o coração doído que vesti a horrível fantasia!
Consequentemente a tudo isso, tinha ainda contra mim - acreditem, a minha aparência!
Devido a minha grande exposição ao sol tórrido do sertão, chamavam-me carinhosamente de "pretinha”.
Pois bem, quando entro em cena uma voz fina de criança se faz ouvir no teatro em silêncio: “ Oxe mainha, que bicho esquisito? Parece um urubu!?"
Claro que não teve mais peça nenhuma. Ali mesmo me despi da galinha ou urubu que desapontaram meus sonhos de grande artista mirim.
Festejava-se dia disto e daquilo, obedecendo rigorosamente o calendário letivo. Diante disso, nós, os artistas mirins, éramos alvos das mais incríveis representações.
Digo-lhes isso com toda razão de causa. Pois, numa dessas representações tive a agradável surpresa de ser convidada para encenar uma linda peça de teatro na responsabilidade do papel principal.
Sentia-me, claro, radiante. Uma verdadeira Shirley Temple.Todavia, a alegria deu lugar à decepção quando me disseram qual seria o tal papel.
Acreditem, iria representar uma g-a-l-i-n-h-a.
Fiquei emburrada durante alguns dias. Não me agradava a idéia de ser, mesmo de mentirinha, uma galinha. Pensava no mico, é óbvio.
Porém, em criança tudo é muito engraçadinho, bonitinho.
Diante de tantos “inhos”, e a insistência carinhosa das “tias”, - tanta insistência não era á toa. Afinal a idéia da personagem não era aprazível para nenhuma criança - desarmei-me e disse sim ao desastroso papel.
Chega o grande dia. Pais e familiares lotam o teatro da escola. A ansiedade das professoras para que tudo saia maravilhoso é sinal de apreensão para mim.
Além de não gostar nem um pouco da personagem, irritava-me intensamente a sua fantasia. Feita de espuma com penas e bicos desproporcionais, assemelhava-se a uma grotesca caricatura de aves diversas.
Uns achavam que era pata, ema. Outros arara, seriema.
A esta altura dos acontecimentos não me agradava nem um pouco aquelas comparações.
Entretanto, não poderia mais voltar atrás, teria que enfrentar a minha fatídica e lastimável situação.
E foi com o coração doído que vesti a horrível fantasia!
Consequentemente a tudo isso, tinha ainda contra mim - acreditem, a minha aparência!
Devido a minha grande exposição ao sol tórrido do sertão, chamavam-me carinhosamente de "pretinha”.
Pois bem, quando entro em cena uma voz fina de criança se faz ouvir no teatro em silêncio: “ Oxe mainha, que bicho esquisito? Parece um urubu!?"
Claro que não teve mais peça nenhuma. Ali mesmo me despi da galinha ou urubu que desapontaram meus sonhos de grande artista mirim.
4 comentários:
Que historinha engraçada! Percebo que você mantém seu bom humor uma de suas boas características!
Eliane que prazer você em meu blog. Seja bem-vinda. Essa história da galinha foi demais, rsrsrs.
Um cheiro.
Eita galinha cheia das manhas!!!
Um abraço,
Ana Terra
Ana Terra ,essa galinha é muito desconfiada, affe!
Grata pelo depoimento.
Grande abraço.
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