Vixe mainha, tô a sentir um arrepio gostoso da brisa nordestina em que residem soberanas as belas praias morenas de Ilhéus, Salvador e Itaparica.
Oxente, quero comer vatapá, cuscuz, mugunzá, beber água de coco,batida de pitanga e licor de jenipapo, todos bem acompanhados por um acarajé apimentadinho
.
Ave Maria, o peito dói demais quando penso em meu povo alegre; sacolejantes nos palcos elétricos, assistidos em sua origem pelo Ilê e Filhos de Gandhi.
Vixe mainha, não se avexe não, pois farei uma prece ao meu Pai Oxalá pra me levar á terrinha, sentir seu dengo doce ,tal qual rapadura, onde irei me lambuzar.
Olhe meu rei, nasci no sertão da Bahia, convivi com a falta de água, o calor escaldante, as noites frescas e namoradas, sempre bem acompanhadas pelo violão do meu tio e mestre, João Bagá.
Uai, oxente , trem...afe! Sou baianeira agora, mainha! Adotei Minas....tô apaixonada pelas montanhas, o fogão a lenha, as cidades históricas e este povim bonitim demais!
Vixe mainha, vixe painho? E agora? Fiquei retada.Tô dividida. Será se tenho coragem de deixar as Gerais?
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