sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Mulé que fazia piriri no mato"



Aperreava-me ser fraca dos intestinos. Ainda bem que “esse meu ‘defeito”, esse pesadelo se foi.
Era pensar em viajar e a coisa se complicava. Hoje sei que era pânico.
Apavorava-me a idéia de ficar presa num lugar fechado suportando um calor de mais de trinta graus, com pessoas que nunca vi e, e ainda sem sanitárioooo!
Sofria os 380 km até Salvador. A cadeira desconfortável me deixava com o corpo moído, fora a tensão que me travava os músculos.
A suadeira era tanta que ficava ensopada , transbordante em rios de suor.’Eitá que exagerei nas palavras”.
Meninas, amigas, companheiras de luta, o triste em tudo isso era segurar o piririiiiiii.
Na maioria das vezes saia correndo pelo corredor a bradar pelo amor de Deus ao motorista que parasse o ônibus.
O transtorno era ter só a mataria pra me aliviar.
Sofrimento demiasss! Não merecia tal situação.
Voltar para ônibus era o pior de tudo. Vergonha lascada .Olhava para o céu e pedia ajuda, piedade,forçasssssssssss.
Foram tantas às vezes que sucedeu tal fato desconcertante que depois a vergonha ficou de lado.
Com a maior cara lisa entrava no ônibus sem me importar de ser chamada de “ca....!???????
Como é mesmo? Será se tive coragem de colocar tal sílaba? Eu ser chamada de ca...o quê?
Gostava não. Ficava p.... da vida. Xingava mesmo. Fechava a cara e não olhava mais para as caras de risos que insistam em dizer gracinhas.
Nunca em minha vida ouvi falar num povinho tão , tãooo sem coração.
Certa vez toda elegante deixei cair bem em cima do troço meu lindo óculos de sol importado. Tanto sacrifício para comprá-lo para vê-lo se esparramar em algo tão nojento.
Meu estômago embrulha, se contorce, choraaaaaaaaaa, só de lembrar.
Não sei por que fui relatar tal fato para vocês. Tão me repugnando,né?
Façam isso não. Sejam solidárias. Preciso dessa demonstração de carinho.
Até hoje está gravado em minha memória o apelido que me deram, nunca vi tanta humilhação.
Querem saber?
Digo não, segredo pessoal.
(risos e gargalhadas)
Calma, digo sim. Vocês tiveram paciência e estômago para ler meu texto.
Amigas, corajosamente vos falo: fiquei marcada como a “Mulé que fazia piriri no mato”.


9 comentários:

Laura Antunes disse...

Saaaaaaaaaandra, massa demais. Quase morri de tanto rir

Vixe Mainha disse...

Laura, nunca vi tanta aflição.
Grata por comentar.
Um cheiro.

solespectral disse...

EU TBÉM AAAAAAADDDDOOOOORRREEEEIII!!!!!!!
MUITÍSSIMO CRIATIVO. ADOREI TODO BLOG, FICOU MARAVILHOSO!!!
PARABÉNS AMIGA!!!
QUE OS SERES DE LUZ ESTEJAM SEMPRE COM VC!!!!
MTA LUZ PARA ESTE SEU BÊBE QUE NASCEU COM MUITO AMOR E DEDICAÇÃO!!!
BJS DE QUEM TE ADMIRA MTO E TE ADORA!!!!

Rose Tindole-LER disse...

HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! HÁ! HÁ!Isso dá panos pra tudo quanto é manga. Manga fofa, manga simples, manga com prega e sem prega...Me lembrei de uma história do Zecrinha...HÁ! HÁ! HÁ!

Vixe Mainha disse...

Tãnia , agradeço a visita ,e seu depoimento.
Cuidarei bem dos meus bebês.
Bênçãos da Mãe Maria pessoinha lindaaaaaaaaaa.

Vixe Mainha disse...

Roseeeeeeeee, haja manga hein? Oxe, passei aperto demais, credoooooooo!
Adorei a visita Fraduxa contadora de histórias.
Um cheiro carinhosoooooooooooo.

Julia disse...

Hahahaha, mas é doida mesmo...só tu!!! Beijão!

Vixe Mainha disse...

Doida de pedra Jujuuuuuuuuuuuu.
Grata pelo comentário meus encantossssssssssssssssss.
Cheiroooooooo.

Michele Tamara disse...

Oi querida .

Olha só meu filhote cantando Zizi Possi .

http://www.youtube.com/watch?v=D3iKkF321Xg