quarta-feira, 1 de julho de 2009

O ladrão


Certos acontecimentos quando são lembrados provocam risos. Até mesmo àqueles Improvavéis, cujo personagem principal é seu parceiro de longos anos.

Era tarde da noite. Todos dormiam. Rolava na cama sem conciliar o sono.

Já tentara contar os famosos carneirinhos. E, nada!


A insônia, esta companheira indesejável, julgava-se imbatível.

Depois de algumas tentativas e um chá de erva cidreira,consegui pegar no sono.

Dizem os especialistas que temos cinco etapas no sono: primeira e segunda acontecem os cochilos; terceira e quarta, sono profundo; e na quinta, na maioria das vezes acontecem os sonhos.

Não sei em que etapa do sono estava. Com certeza não estava cochilando, porquanto, descarta-se a primeira e segunda etapas.

Mas deixemos esse negócio de etapas e vamos direto ao assunto principal, pois sei que vocês devem estar cansadas e até bocejando diante desse negócio de etapas pra lá e pra cá.

Pois bem, tudo parecia transcorrer tranquilamente....

O silencio, o quarto ás escuras, e finalmente o meu descanso merecido.

"Coitada de mim, mal sabia o que me aguardava."

De repente acordo totalmente atordoada.

Uma sensação estranha me fez gelar.

Olho para a porta e vejo aquele homem estático a me olhar.

Tento gritar , mas as cordas vocais ficam paralisadas.

Suava. O coração queria sair pela boca. O corpo tremia tal qual vara verde.

Finalmente, e desontroladamente, consigo gritar socorro com todas as minhas forças.

Para minha surpresa o tal homem gritou também. E foi um grito de pavor.


 Ambos estávamos com medo um do outro!

A luz foi acesa. Para meu alívio, o tal homem, o ladrão, a alma penada, ou sei lá mais o que , era o meu maridão!

Pode uma coisa dessas?

Tive
tanta raiva que falei: "Tá doido! Quer me matar"!?





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