segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Fossa"


Nós somos diferentes, sim.Esse negócio de igualdade entre homem e mulher,não existe.

Eles são mais razão. Pensam, reflitem e não se entregam totalmente em suas relações.

Querem viver . Aproveitar o máximo cada instante de sua feroz,impetuosa ,e hormonal juventude.

As mulheres na sua grande maioria deixam o coração falar mais alto. Envolvem-se, derretem-se.Querem amar, e ser amadas.

E amar muitas vezes é sofrer decepções.

Quando o romance, que pensávamos que fosse romance, acaba de maneira drástica,tendo como tema principal, um belo par de chifres, é um desastre.

Ficamos de bode, pra baixo.

Tadinhas!

Oh , dor que atormenta.

Ser passada pra trás machuca o nosso juízo.

No meu tempo ficávamos na "fossa".

E quando a dor de cotovelo ardia, queimava , incendiava as entranhas - nossa, fui longe, rsrsrs- a raiva,o despeito nos consumia.

Misturavam-se os sentimentos.

Oxe, se boubeasse matávamos, estrangulávamos o sujeito.

Mulher ferida é um perigo.

Só que no estado em que estávamos,ficávamos sem ação nenhuma.
Èramos atacadas pela síndrome do" patetismo."

Oxe,nada prestava A vida perdia a graça.A entrega á dor de amor era lastimável.

Lembrei-me de uma das características do romantismo em que seus autores morriam pelas amadas.

Morrer apaixonados pela amada era belo, lovável. Atos byronianos, seguidos pela segunda geração romântica brasileira.

Certamente nosso romantismo, nossa "dor de corno" não chegava a nenhum extremismo.

Os tempos são outros

Os ultrassentimentalistas eram angustiados, pessimistas e a figura feminina era inacessível.

Poetas que com a morte fugiam do desencanto que o amor lhes oferecia.

Voltando ao nosso relato, devo dizer-lhes que o nosso consolo nesses momentos devastadores,era sempre as músicas.

Deitadas, e extremamente infelizes,ouvíamos em nossas históricas fossas, músicas de Roberto Carlos.

As lágrimas escorriam a cada frase das músicas.

"Esqueça que ele não te ama.
Esqueça que ele não te quer"

As amigas eram solidárias. Enchiam os copos e acabavam chorando também.

E haja Roberto na radiola.

"Olha aqui, preste atenção
Essa é a nossa canção"

Eitá dor retada, meu Deusinho nos embalai.

E tu, já chorou, escangalhou-se pela perda de um grande amor?




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